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Central do Educador

Aqui você encontrará alguns materiais para auxiliá-lo em suas aulas.

02/05/2015

12 sites que todo professor deveria conhecer

Sugestões de sites para professores que vão ajudar na organização, preparação de aulas e relacionamento. Na hora de ensinar e aprender, toda dica é bem vinda.

O Portal do Professor é um espaço criado pelo MEC (Ministério da Educação) para a troca de experiências entre professores do ensino médio e fundamental. É um ambiente virtual com recursos apropriados para professores como sugestões e orientações para criar uma aula, recursos educacionais, vídeos, textos, cursos, fóruns, links direcionados e eventos relacionados à educação.
Clube do Professor
A ideia deste site para professor é de criar uma biblioteca virtual sobre a capacitação de professores universitários e assim oferecer textos organizados em módulos. O site possui artigos para professores e algumas ferramentas úteis como atividades online, tradutores, jornais, bibliotecas online e todo tipo de dica que pode ajudar na educação.
Alô Escola
O Site Alô Escola da TV Cultura reúne os conteúdos integrais de diversos programas produzidos pela TV Cultura e pelas Rádios Cultura AM e FM. Este rico material serve para complementar a atividade escolar, estimular o aprendizado, a pesquisa e auxiliar no aproveitamento escolar. O site é indicado para professores e alunos. Todos os trabalhos disponíveis no Alô Escola trazem propostas para abordagens dos temas além de informações complementares como bibliografia, discografia, filmografia e endereços de museus, logradouros ou sites que podem enriquecer a discussão de cada um dos assuntos.
Canal do Ensino
Portal com dicas sobre educação para professores, estudantes e educadores. Você encontra artigos sobre tudo o que envolve a educação e ainda downloads de livros, cursos grátis, bolsas de estudo, materiais para concurso, ofertas de empregos, vídeo-aulas e sugestões para pais e filhos em época escolar.
Portal do Ministério da Educação
O portal trata de assuntos como novidades do ensino, decisão política e ação técnica em prol da educação do país. Artigos e mais assuntos sobre educação para professores podem ser vistos através deste site oficial do governo.
Educacional
Fala sobre todas as etapas da educação começando pelo ensino infantil até o ensino médio. Informações especiais sobre o novo acordo ortográfico e temas para sala de aula, vestibular, banco de imagens, bate-papo, guia de profissões, diversos links, textos e artigos.
Educa Rede
Reúne diversos materiais para professores que podem ser aplicados na sala de aula, aborda temas atuais da educação no Brasil e fala sobre o assunto “internet nas escolas“. Este site é um portal destinado à escola pública brasileira e outras instituições educativas com conteúdo para professores e estudantes.
Nova Escola
Site para professores com muita informação pedagógica, fala sobre questões educacionais e reportagens da Revista Nova Escola. Planos de aula, reportagens sobre ensino e aprendizagem, vídeos, animações e o que há de melhor e mais atual na Educação Básica são apenas alguns temas estão neste site.
Porvir
Oferece dicas educacionais inovadoras, com diversas notícias sobre educação. Site com informações sobre educação em geral.
Educação on-line
Muitos artigos direcionados diretamente ao professor e as pessoas interessadas sobre educação. Esses textos tratam de assuntos como educação inclusiva, qualidade na educação, psicopedagogia e muito mais.
Site de dicas – Dicas de Educação
Dicas sobre educação para pais e professores, softwares educativos e atividades para ensino infantil e fundamental, textos de literatura sobre as lendas e mitos do folclore brasileiro, fábulas ilustradas clássicas, jogos educativos, desafios lógicos, links, downloads e atividades escolares.
Domínio Público
Este site oferece gratuitamente acesso a muitas obras sobre literatura, poesia, questões educativas, documentos, textos, música e muito mais. São arquivos que já estão em domínio público em português e outras línguas. Há uma coleção especial apenas de livros sobre educadores famosos.
Aproveite estas dicas para incrementar ainda mais suas aulas e motivar seus alunos.


12 sites que todo professor deveria conhecer. Canal do Ensino. Disponível em: <http://canaldoensino.com.br/blog/12-sites-que-todo-professor-deveria-conhecer>. Acesso em: 02 mai. 2015

24/04/2015

Saiba como funciona a escola pública sem provas, turmas e disciplinas

Para conhecer a Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Amorim Lima, na zona oeste de São Paulo, é preciso deixar de lado a visão tradicional de escola. Aqui não há provas, os alunos aprendem matemática debaixo de uma árvore e as salas não têm carteiras organizadas em fileiras. Nessa escola, cada um aprende no seu ritmo, compartilha as experiências com o grupo e pede ajuda para o professor-tutor.
E quem explica tudo isso é a Maria Vitória de Oliveira, 8, e a Thabbata Neves, 9, que nos recebem no pátio para apresentar a escola. "Aqui eles fazem um projeto diferente de todas as outras escolas, então eu gosto daqui por isso. Eu aprendo bastante coisa", diz Maria Vitória.
A escola funciona há dez anos como um projeto experimental na rede municipal de São Paulo e foi inspirada na Escola da Ponte, do educador português José Pacheco. Entre os principais objetivos desse modelo pedagógico estão o desenvolvimento da autonomia intelectual dos alunos e a troca de saberes.

De portas abertas

Há um clima de liberdade e informalidade, com uma aparente desordem, em toda a escola. Crianças circulam a todo momento pelo prédio e a sala da direção está sempre aberta para o aluno que precisar pedir qualquer tipo de ajuda (do estojo perdido à cartolina para a atividade em sala).
"A escola que eu estudava antes era outra coisa, lá era todo mundo em fileira, aqui é em grupo, todo mundo pergunta, todo mundo responde", diz Thabbata. "Não tem prova, a única prova é o roteiro, aqui a gente é praticamente livre, não fica muito tempo dentro da sala, só na aula de pesquisa."
A chamada aula de pesquisa é o momento em que os alunos estudam os conteúdos e fazem exercícios. Eles também têm aulas de brincadeira, de capoeira, teatro, dança, grego e latim. Há oficinas de inglês, texto e matemática. Pode até não ter prova, mas os alunos são avaliados nas atividades em grupo, no processo de execução do roteiro e nas atividades finais.

Um roteiro, vários caminhos

No início do ano, cada aluno recebe um kit com os livros didáticos da sua série e os roteiros que precisa seguir. Esses roteiros são preparados e encadernados pela própria escola, são eles que vão direcionar o estudo e a execução de exercícios. Organizados por temas - em vez de disciplinas -- eles são interdisciplinares e costumam exigir que o aluno pesquise em livros de diversas matérias.
Por exemplo, se o tema é Segunda Guerra Mundial, os alunos terão conteúdos não só de história, mas também de geografia, física e matemática.
Todos eles precisam ser cumpridos, mas a velocidade e o caminho que cada aluno fará pelo material estudado pode ser bem diferente. O ritmo e o processo de cada um é respeitado.
Ao final de cada roteiro, os alunos precisam completar um quadro de resumo e fazer exercícios sobre conteúdo estudado, formando um arquivo de trabalhos que é chamado de portfólio. Quem erra ou esquece algo precisa voltar e rever o conteúdo.

Os "salões"

As salas de aula são diferentes dependendo da etapa de ensino. As turmas mais "tradicionais" são o 1º e o 2º ano do ensino fundamental. Nessa fase, os professores apresentam os primeiros roteiros para os alunos. É um período de introdução do modelo pedagógico e de adaptação para as próximas séries.
Quando a criança completa o ciclo de alfabetização, ela entra em uma nova classe, que reúne alunos do 3º, 4º e 5º anos do ensino fundamental. É o "salão" do ciclo 1. Há outra com estudantes do 6º ao 9º, ou ciclo 2 do ensino fundamental.
Cada uma dessas salas é grande e os alunos são dispostos em grupos de até quatro pessoas (muitas vezes de idades e séries diferentes). Cada um tem seu próprio roteiro de estudos, mas o objetivo é que eles consigam se ajudar e resolver problemas e tirar dúvidas entre si. Um professor fica à disposição dos alunos para tirar dúvidas.
Na teoria, parece fácil, mas há quem não se adapte ao projeto. "Tem pais que não querem de jeito nenhum que a criança venha pra cá, porque não gostaram, não compreendem", diz a diretora Ana Elisa Siqueira.

SOUZA, Marcelle. Saiba como funciona a escola pública sem provas, turmas e disciplinas. Uol. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/noticias/2015/04/13/saiba-como-funciona-a-escola-publica-sem-provas-turmas-e-disciplinas.htm. Acesso em: 24 abr. 2015.

01/02/2013

Cursos gratuitos oferecidos por universidades de elite



Os Moocs (sigla em inglês para cursos massivos abertos online) são o assunto do momento em ensino a distância. Aulas de universidades americanas de elite como Yale, Harvard ou Princeton podem ser assistidas gratuitamente por qualquer pessoa que tenha acesso à internet em sites como edX e Coursera.


 Estes são os maiores atrativos para quem procura educação de qualidade. No entanto, não basta se inscrever. O ritmo de aulas é puxado e exige dedicação e disciplina.

O UOL se inscreveu na Coursera, um dos Moocs mais populares, para ver se é possível conciliar os estudos com a vida profissional e a pessoal de um jornalista. 

O curso escolhido foi "Introdução à Sustentabilidade", da Universidade de Illinois, com duração de dois meses.

A cada semana, um novo tema era abordado: população, ecossistema, mudanças climáticas, energia, agricultura e recursos hídricos, política e economia ambiental e, finalmente, sustentabilidade, ética e cultura. 

Cada um dos módulos deveria ser completado em sete dias, totalizando de 10 a 12 horas de estudo por semana, sem contar a leitura de textos sugeridos e as tarefas. Como o curso foi formatado em sete dias, durante o final de semana e-mails eram enviados aos inscritos para que dessem seguimento aos estudos. 

As atividades obrigatórias listavam a leitura de um livro de 643 páginas (disponível para download) e a participação em dois fóruns de discussão. Um geral, com colegas do mundo todo que se inscreveram no curso, e outro com perguntas e respostas de especialistas. Ao final, seriam criados dois projetos relacionados à sustentabilidade. 

O idioma inglês não foi problema. No entanto, a jornalista não deu conta das tarefas, feitas depois do expediente de trabalho e que tomavam quase duas horas do seu dia.  

A experiência ajuda a entender os altos números de evasão. O curso "Pense novamente: como raciocinar e argumentar", oferecido pela Universidade de Duke no Coursera, teve 180 mil inscritos, informa o jornal Charlotte News Observer. Na oitava semana de aulas, apenas 26 mil alunos eram considerados ativos, sendo que só metade deles tinha feito os exercícios esperados para aquela semana. 

DICA PARA MOOCS

Planejamento e dedicação sistemática são duas coisas que farão diferença para quem pretende se juntar ao universo de usuários que já aderiram ao Moocs. Somente na Coursera, são cerca de 2 milhões de pessoas, com alunos dos EUA sendo a maioria (38,5%), seguido do Brasil (5,9%), Índia (5,2%) e China (4,1%).
Realizar todas as tarefas no dia em que são pedidas também evita o acúmulo no fim de semana e, apesar do volume de postagens, a participação em fóruns conta muito em cursos virtuais.
"A educação poderia ser mais acessível a todos se houvesse flexibilidade para que cada pessoa estudasse no seu próprio ritmo", diz Tanushree Kaushal, 18, aluna do ensino médio em Nova Déli (Índia) que teve dificuldades para terminar as tarefas dentro do prazo pedido pelos cursos online.
Mas isso não se tornou um empecilho.  Tanushree já completou seis cursos Moocs e atualmente faz mais dois. Um de microeconomia para cientistas e outro de cálculo.
Claro que as dificuldades vão depender do tipo de curso escolhido. No entanto, o inscrito deve estar consciente do tempo que terá de dedicar ao Mooc antes de se inscrever indiscriminadamente em todos os cursos que julgar atraentes.


Confira 6 sites gratuitos para aprender de literatura a gestão de empresas


1º - Clássicos digitais - ( www.gutenberg.org/wiki/Main_Page ) - Pelo Projeto Gutenberg, é 
possível acessar e-books clássicos da literatura mundial para leitura online ou download para leitura em tablets e e-readers.

2º - Educadores (portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html) - Site do governo contém itens de interesse do professor e disponibiliza conteúdos multimídia, além de cursos e materiais para serem adotados em sala de aula. Acesse também a parte de "links", com sugestões de jogos educativos online, softwares de edição para aulas on-line e projetos inovadores, entre outros.

3º - Livros infantis ( en.childrenslibrary.org/) - É uma biblioteca digital de livros infantis nos mais diferentes idiomas, entre eles português, inglês, espanhol, francês e alemão. A busca de títulos pode ser feita por idade; por narrativas curtas, médias e longas, por premiação e, principalmente, por idioma estrangeiro, incluindo o português. O site aceita doações e trabalho voluntário de tradutores.

4º - Moodle (www.moodle.org.br) - Rede social voltada para educadores, que podem criar cursos online, grupos de trabalho e comunidades de aprendizagem em nível mundial. Voltado principalmente para o e-learning (ensino a distância).

5º - Reforço escolar (objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/2071) - Site em três idiomas (português, inglês e espanhol) disponibiliza materiais didáticos voltados para a educação infantil, o ensino fundamental e médio, o ensino superior e a educação profissional. A busca indica se o objeto de estudo é uma animação, um áudio, software educacional ou vídeo, entre outras plataformas.

6º - Skype In the Classroom (https://education.skype.com/) - Promove a troca de experiências entre educadores e alunos do mundo todo. Os temas variam de assuntos mundiais até aqueles que fazem parte do cotidiano da escola, como merenda e clubes de leitura, além de ensino de idiomas. Pelo sistema de busca, dá para encontrar educadores com a mesma linha de estudo que a sua.





IZUMI, Claudia Emi. Universidades de elite oferecem cursos gratuitos pela internet; ritmo de estudo é intenso. (adaptado) Uol. Acesso em: 01/02/2013. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/01/28/universidades-estrangeiras-oferecem-cursos-gratuitos-a-distancia-ritmo-de-estudo-e-puxado.htm.

28/01/2013

'Professores precisam parar com desculpas', diz brasileiro que concorre a prêmio de melhor docente dos EUA

À frente de turmas que misturam crianças com autismo, adotivas e imigrantes, ele afirma que, a despeito das condições adversas, missão do educador segue sendo a de desenvolver o potencial máximo dos alunos
Desde 2005, Alexandre Lopes leciona para crianças de 3 a 5 anos no condado de  Miame-Dade, na Flórida
Carla Guarilha

Em abril, o brasileiro Alexandre Lopes, de 44 anos, pode receber um aperto de mão do presidente Barack Obama. Ele é um dos quatro finalistas de um tradicional prêmio americano que desde 1952 aponta o melhor professor do ano no país. A premiação acontece na Casa Branca. Formado em produção editorial, Lopes deixou o Brasil em 1995. Nos Estados Unidos, trabalhou como comissário de bordo antes de se tornar professor do ensino infantil. 

Desde 2005, leciona em uma escola pública de Miami, na Flórida. Na unidade, é o primeiro especialista em educação inclusiva, método que prevê a integração de todos os estudantes a estabelecimentos regulares de ensino, a despeito de limitações físicas, intelectuais ou sociais. Lopes cuida de 25 alunos com idades entre 3 e 5 anos de idade, sendo que um terço deles tem distúrbio que afeta a capacidade de comunicação. Seu desafio é oferecer conhecimento a todas as crianças, considerando dificuldades e possibilidades de cada uma. 

Meu dever como professor é fazer com que meu aluno chegue mais próximo de seu potencial máximo, seja ele qual for." Para cumprir a tarefa, o professor não descansa. Se quer apresentar dinossauros aos pequenos, leva bonecos dos bichos pré-históricos à sala de aula; se o desafio é explicar o significado da palavra "áspero", apresenta uma lixa. A fama de bom mestre se espalhou. No início do ano passado, o brasileiro foi escolhido pelos colegas o melhor professor da escola e, meses depois, o melhor docente da Flórida. Agora, ele tenta conquistar a América com o prêmio concedido pelo CCSSO, organização que reúne secretários estaduais de educação dos Estados Unidos. Na entrevista a seguir, Lopes conta como fez da profissão um exercício de dedicação, que inclui a investigação do potencial de cada criança e o desenvolvimento de estratégias quase personalizadas para driblar obstáculos. "Meu lema é: aquele que traz menos é sempre o que recebe mais", diz. "Situações adversas não podem servir de desculpa." 

Como um brasileiro se tornou candidato a melhor professor dos Estados Unidos? 

Em 2001, a companhia aérea em que eu trabalhava apresentou um programa de demissão voluntária, oferecendo benefícios para quem optasse pela saída. Achei que era hora de buscar nova formação. Eu queria me especializar em línguas estrangeiras, mas uma conselheira vocacional analisou meu currículo e sugeriu que eu fizesse um curso de educação especial para a primeira infância. Eu nem sabia do que se tratava, mas resolvi arriscar. Então, me apaixonei pela área. Mais tarde, recebi uma recomendação para uma bolsa de mestrado na Universidade de Miami. Em 2005, recebi o convite para iniciar a primeira turma de educação inclusiva na escola em que trabalho até hoje. Ali, ganhei fama de bom professor: algumas famílias de outras localidades viajavam mais de uma hora para matricular seus filhos em minhas aulas. Em 2012, fui escolhido o melhor professor da escola pelos meus colegas, o que deu início a essa história de premiações. Acho que uma série de fatores contribuiu para meu desempenho: o principal é levar meu trabalho muito a sério e nunca deixar de estudar. Além do mestrado, possuo certificação nacional em educação especial e estou terminando o doutorado na Universidade Internacional da Flórida. Exerço minhas funções com dedicação e carinho, além de conhecer a fundo toda a teoria envolvida em cada ato educacional dentro de uma sala de aula. 

Como são suas turmas na escola? 

Trabalho com crianças de 3 a 5 anos. No período da manhã, tenho uma turma de 12 alunos e, à tarde, outra de 13. Cerca de um terço dos meus alunos tem autismo. Há também alunos filhos de imigrantes, que ainda estão aprendendo inglês, além de crianças em condições socioeconômicas adversas, vivendo em abrigos ou com famílias provisórias. Por serem crianças muito novas, as turmas não podem ser grandes. 

Como lidar com turmas com condições tão particulares? 

 Toda a minha instrução é acompanhada por representações concretas, pictórica e simbólica, do que está sendo dito. Se trato de dinossauros, mostra à turma, respectivamente, bonecos dos bichos, imagens projetadas na lousa digital e nomes dos animais. Quando conto uma história, apresento imagens do local onde ela se passa e dos personagens envolvidos. Se digo que algo é áspero, dou uma lixa para as crianças passarem a mão e saberem o que aquela palavra significa. 

Onde entram os fundamentos da educação inclusiva? 

Defino educação inclusiva como o método em que o objetivo é atingir o potencial máximo de cada um dos seus alunos. Meu objetivo é fazer com que todas as crianças progridam. Nem todas, é claro, alcançarão o mesmo desenvolvimento. Meu dever é apenas fazer com que o aluno chegue mais próximo do seu potencial, seja ele qual for. 

Qual a maior gratificação do trabalho?

Dou muito valor às pequenas conquistas. Certa vez, recebi um aluno no dia em que ele completava três anos de idade. Era tranquilo, mas não falava nada. Contudo, toda vez que eu demorava um pouco mais em uma atividade, ele me beliscava para chamar minha atenção. Ensinei a ele que, se quisesse algo, ele deveria pedir, apontar, tocar, mas nunca beliscar alguém. Ele aprendeu, mas seguia sem falar. Finalmente, após quase dois anos de trabalho, um dia isso aconteceu. Eu trabalhava com outra criança quando alguém tocou as minhas costas. Então, ouvi uma voz rouca dizer: "Alex." Comecei a chorar: a primeira palavra que ele disse foi o meu nome. Eu me envolvo muito com os meus alunos. Acho que não há outra forma de ensinar.

O senhor citou o uso de lousa digital. Suas técnicas poderiam ser usadas no Brasil, levando em conta que nem todos  os professores  têm acesso à tecnologia em sala de aula?

Em qualquer escola do mundo essas técnicas podem ser utilizadas. A alta tecnologia nos auxilia em sala de aula, mas temos também o que chamo de "baixa tecnologia", que depende exclusivamente dos conhecimentos e criatividade do professor. Não ter as mesmas condições de ensino de outros colegas é um desafio para muitos professores, mas isso não pode servir de desculpa.

Os educadores apresentam muitas desculpas? 

Acho que a educação passa por uma crise e temos que sair dela. Se aceitarmos qualquer desculpa, só vamos perpetuar essa crise. Na escola em que trabalho, há um incentivo grande para que os pais participem mais da educação dos filhos. Eu me esforço particularmente nessa tarefa: se for preciso, dou cambalhotas para trazê-los à escola, pois as crianças só têm a ganhar quando os pais se envolvem na educação delas. No entanto, não posso deixar que a ausência da família se torne uma desculpa para o fracasso educacional do aluno. O meu lema é: aquele que traz menos é sempre o que recebe mais. Se o desafio do aluno é aprender um novo idioma, devo lidar com isso. Se ele tem deficiência no desenvolvimento, devo lidar com isso. Se ele vive em uma situação de vulnerabilidade, tenho de lidar com isso. Caso o aluno não esteja evoluindo como esperado, o professor deve se questionar a respeito dos rumos do trabalho. 

De maneira geral, os professores americanos têm condições de trabalho melhores do que as oferecidas a seus pares brasileiros. Isso não é um desafio a mais?

Nunca trabalhei como professor no Brasil e não conheço a fundo os dilemas enfrentados pelos profissionais no país. As pessoas acham que um professor Flórida é muito mais valorizado, mas não é bem assim se compararmos essa atividade a outras. Somente agora, após muito trabalho e dedicação, atingi remuneração semelhante à que recebia como comissário de bordo. Se pensarmos que possuo mestrado e estou prestes a concluir o doutorado e que um comissário de bordo precisa apenas do ensino médio completo, há uma discrepância salarial muito grande também aqui. 

O que mudou na sua vida desde que o senhor começou a acumular prêmios na profissão?

Desde agosto, após ter sido escolhido o melhor docente da Flórida, não estou mais na sala de aula. Tornei-me embaixador da educação, com as funções de inspirar colegas e representar o estado em conferências e atividades educacionais. Minha vida fugiu ao meu controle (risos). 

O senhor pretende lecionar no Brasil? 

Eu nunca parei para pensar nisso. Na verdade, nunca pensei que um dia seria requisitado para tal tarefa. Tudo aconteceu muito rápido. De qualquer forma, acredito que terei oportunidade para dividir o que sei com os professores no Brasil. Isso me deixaria lisonjeado.  



MAGGI, Lectícia. 'Professores precisam parar com desculpas', diz brasileiro que concorre a prêmio de melhor docente dos EUA. Veja. Acesso em: 28/01/2013. Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/a-educacao-nao-pode-ter-desculpas. 

17/01/2013

MEC estuda plano de filmar aulas de universidades e publicá-las na web

Aloizio Mercadante participou de palestra com Salman Khan nesta quarta.
Professores de SP usam vídeos da Khan Academy para ensinar alunos.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira (16) que o MEC deve implantar até o final deste ano um plano para publicar na internet o conteúdo oferecido nas salas de aula das universidades brasileiras. O anúncio foi feito durante palestra do educador norte-americano Salman Khan no auditório do Ministério da Educação nesta quarta, em Brasília.

Segundo o ministro, a medida ainda está em fase de estudos. As aulas seriam filmadas e o conteúdo seria publicado na internet sem custo para a universidade. A adesão por parte das instituições seria voluntária.

“Isso vai abrir um espaço novo para produzir conteúdo multimídia, que vai estimular as novas gerações a se conectar e a se comunicar. Os resultados mostram que a educação digital melhora o desempenho do aluno. A expectativa é que o aluno possa assistir a aulas de todas as universidades a qualquer hora e em qualquer lugar”, afirmou o ministro.

Salman Khan, durante palestra no Ministério da Educação, em Brasília, nesta quarta-feira (16) (Foto: Lucas Nanini/G1)
Khan se reuniu com a presidente Dilma Rousseff
(Foto: Divulgação/Roberto Stuckert Filho/PR)
A visita de Salman Khan, que é formado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT, na sigla em inglês) e pela Universidade Harvard, ao Brasil incluiu, além da palestra no MEC, um encontro com a presidente Dilma Rousseff na tarde desta quarta.

Segundo a assessoria de imprensa do ministério, durante a reunião, Dilma convidou Khan para colaborar com o governo federal por meio da produção de "pesquisas educacionais e materiais pedagógicos específicos para serem usados no processo do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa". O MEC afirmou, em comunicado divulgado na noite desta quarta, que a presidente "acredita que o processo de educação no país precisa dar um salto de qualidade e que, para isso, é preciso explorar novas tecnologias".

Na manhã da quinta-feira (17), ele participa de um evento em São Paulo com parceiros da Fundação Lemann.

Aula pela internet

Mercadante também anunciou que vai adotar os vídeos da Khan Academy, fundada pelo educador americano Salman Khan, nos tablets que devem ser distribuídos pelo MEC aos professores da rede pública a partir do primeiro semestre deste ano. Os professores vão trabalhar o conteúdo produzido pela instituição nas aulas complementares, segundo o ministro.

Em São Paulo, alunos do quarto e quinto anos do ensino fundamental de 200 turmas de escolas públicas do estado terão acesso às aulas de matemática produzidas pela equipe de Khan a partir deste ano letivo. O programa é implementado pela Fundação Lemann e teve início no segundo semestre de 2012, com um projeto-piloto em 45 turmas de escolas municipais da capital.

A fundação, em parceria com o Instituto Natura e o Instituto Península, é responsável pela versão em português dos vídeos da Khan Academy. A instituição já produziu 3,8 mil aulas de diversas disciplinas, como matemática, química, física, biologia. Khan afirmou, durante a palestra desta quarta, que as aulas são acessadas mensalmente por mais de 6 milhões de pessoas. Em português, já são mais de 400 vídeos e mais de 1,6 milhão de visualizações.

Segundo o diretor-executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, a avaliação inicial do projeto mostra que os alunos têm mais interesse pelas aulas com a utilização da metodologia criada por Khan. “O entusiasmo do aluno é maior, o nível de uso da internet aumenta e o número de faltas diminui.”

Tecnologia e educação

Em sua palestra, Khan afirmou que o uso da tecnologia na educação permite individualizar o ensino. Com isso, as chances de aprender são maiores e os próprios alunos podem ajudar a compreender as lições.

"Muitos acreditam que a tecnologia vai fazer uma coisa desumana, mas a tecnologia faz com que a sala de aula se torne mais humana, há mais interação entre os alunos e os professores, entre os alunos e outros alunos.

Disponibilizar a aula em vídeo faz com que o aluno que não entendeu uma lição possa parar, ouvir de novo, de uma forma que não haja estresse, sem ser questionado por que não entende, sem constrangimentos”, disse.

Na opinião de Khan, o sistema de ensino adotado pelas escolas é do século 17. Por esse modelo, o aluno é muito passivo. “Todos seguem no mesmo passo, determinado pelo professor. Se você deixa o aluno seguir o próprio passo, ele aprecia de forma melhor e aprende mais”, afirmou o educador.

Para ele, permitir ao aluno acessar o conteúdo das aulas pela internet torna mais democrático o acesso à educação. "Um problema do ensino sempre foram os custos. Você pensa em um modelo para melhorar o desempenho dos estudantes e pensa: 'é caro'. Com esse novo modelo, não. O que o rico tem acesso o pobre também tem acesso. É o direito humano de ter acesso à educação”, diz.

Apesar de defender o uso da metodologia como ferramenta para ensinar, o educador diz que todos os meios que auxiliam o aluno a reter a informação e obter o conhecimento são importantes. “O giz, o papel, o tablet, a internet, tudo pode tornar o ensino mais humano e melhorar o potencial dos alunos.”


NANINI, Lucas. MEC estuda plano de filmar aulas de universidades e publicá-las na web. G1. Acesso em: 17/01/2013. Disponível em: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/01/mec-estuda-plano-de-filmar-aulas-de-universidades-e-publica-las-na-internet.html

11/01/2013

Professores e gestores querem mudar índice que define piso nacional

Piso aumentou 22,2% entre 2010 e 2011 e só 7,97% entre 2011 e 2012. Reajuste de 7,97% foi quase um terço do aumento obtido no ano passado.


O reajuste de 7,97% no piso salarial nacional dos professores da educação básica anunciado pelo Ministério da Educação nesta quinta-feira (10) já era esperado pelos especialistas e entidades, sindicatos e confederação de professores e gestores da educação no país. Segundo eles, a expectativa era a de que o governo seguiria ao pé da letra a lei que define o piso e, portanto, o reajuste seria bem menor do que o estimado no início do ano. Mesmo assim, muitos criticaram o indicador vinculado ao cálculo do reajuste anual, que atualmente leva em conta apenas a variação do valor anual por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Com o aumento, o piso salarial para os professores passa de R$ 1.451 para R$ 1.567 a partir de janeiro de 2013. No ano passado, o reajuste do piso salarial dos professores de educação básica e que cumprem 40 horas semanais foi de 22,22%. Portanto, o reajuste deste ano representa quase um terço do aumento ocorrido em 2012.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) divulgou nota em seu site oficial afirmando que, pelos cálculos da entidade, "o piso não deveria ficar abaixo de R$ 1.817,35, valor este que compreende a diferença efetiva entre o per capita do Fundeb de 2008 a 2013".
A confederação, defendeu, no comunicado, que a União cubra "eventuais rebaixamentos do valor mínimo do Fundeb ao longo dos anos – pois a educação não deve sofrer retração de investimentos e cabe aos órgãos públicos federais zelar pela estimativa do Fundeb e seu cumprimento integral".
Já Cleuza Rodrigues Repulho, presidente da União dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime), classificou o aumento como "bom".
Ela afirmou ao G1 que "algumas pessoas estavam esperando um desastre maior", mas que, apesar de o ganho real do aumento ter ficado acima da inflação, o reajuste, "por outro lado, mostra que faltou recursos para a educação", disse ela.
Para Cleuza, que também ocupa o cargo de secretária municipal de Educação de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, apesar de o piso ainda estar abaixo do desejado, muitas prefeituras terão dificuldades de cumpri-lo. "Em mais de 80% das prefeituras, a principal fonte de recursos da educação são os repasses do Fundeb."
Veja a evolução do piso salarial dos professores desde 2010
Ano
Piso
Variação
2010
R$ 1.024,67

2011
R$ 1.187,08
+15,8%
2012
R$ 1.451,00
+22,2%
2013
R$ 1.567,00
+7,97%
Política econômica e direitos sociais
Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, explica que o reajuste menor neste ano, em comparação com o ano anterior, se deve à queda na arrecadação de impostos pelo governo federal. Isso aconteceu, segundo ele, porque o governo, na tentativa de estimular o crescimento econômico, decidiu reduzir impostos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
"O governo tem feito a desoneração, mas ela não tem gerado crescimento econômico na medida do que é necessário, e ainda diminui o patamar de investimento em direitos sociais", disse Cara.
Segundo ele, "quem perde com a menor arrecadação de impostos é a população de baixa renda que precisa de serviços públicos como a educação e a saúde", já que o Tesouro não reduz a defasagem de recursos destinados às áreas sociais. "Está prejudicando quem é sempre prejudicado. Esse é o ponto que a gente tem que frisar e se preocupar."
Para a CNTE, o governo não está agindo "com prodência" ao prever que, no ano que vem, o reajuste será de 20,16%, segundo portaria divulgada no fim de dezembro. "Em 2012, mesmo ciente dos efeitos da crise mundial, a STN/Fazenda [Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda] estimou o crescimento do Fundeb em 21,24%, porém no dia 31 de dezembro, através de simples portaria, o órgão rebaixou a estimativa para 7,97%. E tudo indica que em 2013 o mesmo acontecerá", disse a entidade, em nota.
Valorização do professor 
Cleuza, da Undime, afirma que, embora o reajuste tenha sido maior que a inflação, o salário-base do professor de educação do ensino básico com carga horária de 40 horas semanais ainda é muito baixo.

Quem perde com a menor arrecadação de impostos é a população de baixa renda que precisa de serviços públicos como a educação e a saúde"
Daniel Cara
coordenador geral da Campanha Nacional
pelo Direito à Educação
De acordo com ela, se o piso girasse em torno 

de R$ 2.500 mensais, não seria tão difícil  contratar novos profissionais. Cleuza diz que o salário tem peso significativo para os jovens fugirem da carreira docente. "Mesmo nos grandes centros temos problema para conseguir professores, imagina em regiões mais afastadas como na região Norte do país. Temos de aliar o reajuste real, o ganho real ao plano de carreira para atrair os jovens. O professor tem de ganhar bem não só no fim da carreira, perto da aposentadoria, mas também no início. Temos melhorado, porém não avançamos como deveríamos."
Mudança do índice

A vinculação do reajuste automático anual do piso de professores à variação do valor por aluno do Fundeb sofre críticas de todas as entidades por sua instabilidade. De acordo com Eduardo Deschamps, secretário de Educação de Santa Catarina e um dos vice-presidentes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), além de depender da arrecadação de impostos, que é variável, principalmente em tempos de crise, o reajuste é calculado com base nos resultados até dezembro do ano anterior, e o reajuste é aplicado a partir de 1º de janeiro. Porém, em abril, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) divulga o balanço consolidado do Fundeb do ano anterior.


Em 2011, o balanço final incluiu um ajuste de R$ 2,7 bilhões e elevou o valor por aluno de R$ 1.729,28 (valor usado no cálculo do piso) para R$ 1.846,56.
"Tem uma variação muito brusca de ano para ano, o reajuste foi de 22% no ano passado e quase 8% nesse ano. É um índice não muito estável, gera problemas na aplicação da lei", afirmou Deschamps.
O vice-presidente do Consed ainda criticou o fato de o índice usar duas variáveis do Fundeb: o valor da arrecadação e o valor anual por aluno. Como a cada ano o Censo Escolar se torna mais preciso e elimina matrículas duplicadas, o valor por aluno tende a aumentar também pela divisão do valor global pelo número de matrículas, que é cada ano menor. Pelos cálculos do Consed, o valor global do Fundeb cresceu menos de 7%, mas, com a divisão, o valor por aluno aumentou quase 8%, e foi essa a porcentagem considerada no reajuste de 2013.
Porém, as entidades ainda não entraram em consenso sobre uma alternativa ao regime atual de reajustes do piso. A proposta defendida pela CNTE calcularia a variação a partir de dois índices: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) somado a 50% da variação global do Fundeb nos dois anos anteriores, considerando o valor consolidade de abril de cada ano vigente. Por esses cálculos, defendidos em um projeto de lei atualmente em tramitação no Congresso, o reajuste de 2013 seria de 9,05%.
Essa proposta, porém, não encontra respaldo no Consed --os secretários de Educação afirmam que esse indicador levaria em conta duas vezes a inflação (no INPC e na variação do Fundeb). Uma contraproposta descontando a inflação da variação do Fundeb também não tem unanimidade, pois alguns secretários dizem, segundo Deschamps, que "qualquer reajuste automático só poderia levar em consideração indicadores de inflação, não de ganho real".
O ministro Aloizio Mercadante afirmou, na quinta-feira, que o MEC pretende aproveitar o ano de 2013 para tentar chegar a um consenso entre todas as partes interessadas para que um novo índice seja definido e aplicado já em 2014.

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